Blog desenvolvido como trabalho da disciplina de Planejamento Urbano e Regional 2 do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFC, no semestre 2018.1. Aqui escreveremos artigos relacionados ao tema, propondo uma análise crítica e esclarecedora.

O que eu sei sobre padrões espaciais de segregação

Por Franklin Lemos

● a segregação socioespacial é produzida pela classe dominante, a fim da obtenção de vantagens
sobre a terra, especialmente a propriedade privada;
● o controle sobre o espaço gera a segregação por meio do controle de três esferas: econômica
(mercado imobiliário), política (ação do Estado) e ideológica (ação da própria classe dominante
sobre as classes dominadas);
● tem-se a segregação espacial como fator estruturante na formação da Região Metropolitana de
Fortaleza (RMF);
● em muitas cidades a habitação foi determinante no processo de estruturação espacial, e
consequentemente de segregação socioespacial;
● em Fortaleza, a locação a oeste/sudoeste dos grandes conjuntos habitacionais segregou a
população de classes baixas;
● a formação das metrópoles latino-americanas se deu basicamente devido à segregação
socioeconômica, apesar de existirem outros tipos de segregação;
● a segregação socioespacial, na América Latina, se deu em três diferentes momentos (e padrões), de
acordo com a localização da moradia das classes dominantes;
● as classes dominantes escolhem onde vão morar, já as classes dominadas vão atrás do espaço restante para definir sua moradia;
● a segregação espacial no século XX se deu usualmente pelo afastamento das classes baixas das
regiões centrais das cidades;
● atualmente, as classes sociais divergentes encontram-se mais próximas geograficamente, porém as diferenças de classe são mais acentuadas visualmente por meio dos padrões construtivos.

Referências
SANTOS, Elizete. Segregação ou fragmentação socioespacial? Novos padrões de estruturação das metrópoles latino-americanas. ​In: GeoTextos, vol. 9, n. 1, jul. 2013. pp. 41-70.

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