Por Karolynne Barrozo
- Não se pode olvidar que tal fenômeno recai em outro assunto instigante no cenário acadêmico da arquitetura contemporânea que é o “apartheid” social ou a periferização.
- Outro fenômeno ocorrido amiúde nos centros urbanos brasileiros são as “ilhas de calor”, que pode se conceituar, sem maiores digressões, e com menor acuidade, é que se trata de elevação da temperatura ocorrida pela verticalização de imensos prédios do mercado imobiliário e que se discute atualmente se tais elevações aviltam ou embelezam os centros urbanos, além de várias outras discussões quanto à legislação territorial, ambiental e congêneres.
- O fato que permanece incólume é que, o desafio do arquiteto urbanista nos tempos contemporâneos, é o de equilibrar a modernidade com a preservação e de, precipuamente, tentar arrefecer os impactos do crescimento acelerado e descomedido das megalópoles.
- Outro desafio imprescindível dos urbanistas, do presente e do futuro, será o de contrastar os interesses da coletividade e do bem comum, com os interesses empresariais do mercado imobiliário, algo que é debatido e estudado em todas as ciências e que é objeto de várias ações judiciais e, para citar um exemplo das terras alencarinas, o famoso litígio envolvendo as barracas da praia do futuro, já ascendem às discussões sobre quais os interesses que os urbanistas devem buscar e qual o papel do urbanismo no cenário das grandes capitais.
- Neste arrimo, a cidade de Fortaleza, assim como a maioria das capitais brasileiras, é literalmente dividida em bairros nobres e bairros periféricos e a divisão não é plenamente geográfica, mas sim uma divisão social velada em que se traduz nitidamente na diferença de preços, na presença (ou ausência) do Estado, na qualidade dos serviços primários e, principalmente, na segurança pública.
Referências
FRANÇA, Júnia Lessa et al. Manual para normalização de publicações técnico-cientificas. 6. ed. rev. e ampl. Belo Horizonte: UFMG, 2003. 230 p.
IBGE. Normas de apresentação tabular. 3. ed. 1993.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. rev. e
ampl. São Paulo: Atlas, 1991. 270 p.
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